Tarifa de energia dos consumidores catarinenses sofrerá aumento em julho
Os moradores de Santa Catarina podem preparar-se para um aumento na tarifa de eletricidade em julho. A bandeira tarifária amarela será aplicada em todo o Brasil devido a condições menos favoráveis para a geração de energia, o que eleva os custos de produção e impacta os consumidores. Em Santa Catarina, cerca de 3,4 milhões de pessoas serão afetadas.
A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que definiu que o mês de julho terá bandeira tarifária amarela. As usinas termelétricas, que produzem energia a um custo maior do que as hidrelétricas, irão aumentar a produção por três motivos principais: previsão de chuvas abaixo da média, expectativa de maior consumo de energia no período e temperaturas de inverno acima da média histórica, o que justifica o aumento dos custos de produção.
O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado para alertar os consumidores sobre o aumento no custo de produção de energia, incentivando um consumo mais consciente e reduzindo o valor das contas.
Antes da introdução deste sistema, os custos de operação eram repassados anualmente e os consumidores não tinham conhecimento imediato dos aumentos nos custos de energia, dificultando a adaptação ao preço mais alto.
As tarifas de eletricidade terão um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Consumidores residenciais, industriais, comerciais e rurais serão impactados, conforme informado pela Celesc. Em Santa Catarina, esse grupo inclui cerca de 3,4 milhões de consumidores.
A Celesc informa que o valor adicional arrecadado é repassado integralmente as fontes geradoras de energia (termoelétrica, eólica, geotérmica…), já que o custo de geração está mais elevado. Assim, a companhia (CELESC, Eletropaulo…) atua apenas como intermediária, adicionando o valor extra às faturas e repassando-o aos geradores de energia elétrica.
A recomendação da Celesc é que os consumidores utilizem a energia de forma consciente, evitando desperdícios e contribuindo para a sustentabilidade do setor elétrico, além de preservar os recursos naturais.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para refletir o custo real da energia gerada. A ideia é que os consumidores façam um uso mais eficiente da eletricidade. Para determinar quando uma bandeira tarifária será acionada, são considerados fatores como o risco hidrológico e o preço da energia.
As bandeiras podem ser da cor verde, amarela ou vermelha patamar 1 e patamar 2. Esse sistema indica se o custo de geração de energia será maior ou menor, sendo a bandeira vermelha a de custo mais elevado e a verde a de custo mais baixo.
